domingo, 20 de fevereiro de 2011

[Game Review] Crysis Warhead


Nome: Crysis Warhead
Desenvolvedora: Crytek
Publicadora: Eletronic Arts
Plataforma: PC
Gênero: FPS (First Person Shooter)
Data de lançamento: 18/09/2008


Bom, estamos nos aproximando do lançamento de Crysis 2. Sou um grande admirador da franquia e anotem isso: comprarei a versão de PC com toda a certeza. Devido à proximidade do lançamento, decidi postar uma review de Crysis Warhead, expansão stand-alone lançada em 2008.

Crysis. Quem não se lembra de seu lançamento?
Na época, não havia jogo que era mais comentado. Todos esperavam o lançamento do jogo pra PC que prometia gráficos extremamente realistas. Entretanto, o alarde de fato começou quando a EA divulgou as configurações recomendadas para rodar o jogo.
A razão era simples: era uma máquina absurdamente poderosa, que poucos usuários poderiam ter. Extremamente cara, as confusões sobre Crysis aumentaram.

E o jogo foi lançado.

Dito e feito. Nós vimos a VGA top da época, a 8800GT Ultra, tomar pau nas altas resoluções de um jogo que todos dizam estar a frente de seu tempo. E estava mesmo: até hoje poucas VGAs Desktops  consegue alcançar os 60 FPS jogando no máximo em Full HD (1920X1080). Ok, sei que 30FPS consegue garantir uma boa experiência de jogo, por mais que pareça absurdo. Mas até isso é difícil de obter, dependendo da resolução.

Apesar de ter uma quantia relativamente alta de bugs no lançamento, Crysis cumpriu o que prometeu: os gráficos eram absurdamente revolucionários. A prova disso são as comparações de Crysis vs Real Life, que podem ser encontradas facilmente no Google.



Além disso, ficou claro para todos que Crysis não era só um jogo bonito. A jogabilidade, e especialmente a física, foram muito bem trabalhados. Arrisco a dizer que tiveram mais trabalho com a física do quê com os próprios gráficos. Entendam: se você atirar numa árvore com tronco fino, ela quebra e cai; as folhas da planta não atravessam o chão, mas se movimentam e mudam de posição de acordo com o relevo dele; ao bater na folha da maioria das plantas, você não atravessa, ela se vira de maneira extremamente realista. Algo parecido só pôde ser visto anos depois com Bad Company 2.


Outra coisa muito bem trabalhada em Crysis é a água. Sem dúvida, de todo o cenário, é o item mais realista  perfeito de todo o jogo, e possivelmente a melhor de todos os tempos. Os movimentos dela, as ondas no mar, os efeitos que acontecem quando você joga algo nela... tudo muito bonito e perfeito.




Um utensílio interessante é a sua Nanosuit. Pra quem nunca leu sobre o jogo, a Nanosuit é um traje usado pelo seu personagem que lhe dá habilidades sobre-humanas. Existem no total quatro modos de uso: o Speed, que lhe permite se movimentar com o dobro de sua velocidade normal sem gastar energia. Se tu quiser aumentar a velocidade com o botão de correr (Shift), você correrá pra caralho muito mais rápido, mas gastará a energia do traje (em baixo do marcador de vida, uma pequena barra azul mostra a energia atual, que sempre recarrega automaticamente); o modo Strength lhe dará uma força sobrehumana. Seus murros ficam muito mais fortes, e assim como o modo Speed e todos os outros, consome energia do traje. Além disso, esse modo é muito útil para saltar em lugares altos, pois o seu pulo fica muito maior; o modo Armor é o padrão, que lhe garante uma super resistência. Basicamente, todos os tiros que você levar consumirão a energia da Nanosuit. Quando essa acabar, os tiros passarão a tirar seu HP. Obviamente, se seu lHP chegar em zero, você morre. Pra sua sorte, ele também é recuperado constantemente pelo seu traje especial; e por último, mas não menos útil, o modo Cloak lhe permite uma camuflagem durante certo tempo. É bem útil quando está sem munição e tem que passar por uma horda de guardas coreanos.

Gráficos lindos, jogabilidade e física perfeita... mas essas coisas não conseguiram tirar a imagem de Crysis como um jogo absurdamente pesado e bugado (nota do redator: maioria dos bugs causados pelos baixos FPS re). Preocupada com as baixas vendas, a Crytek anunciou rapidamente uma expansão stand-alone (que não precisa do jogo original pra rodar), chamada Crysis Warhead.

Warhead prometia ser muito mais fácil de se rodar que o Crysis original. Segundo a Crytek, o jogo ia passar por diversas optimizações para garantir uma melhor performace nos computadores intermediários. Essa nova expansão (deixo claro aqui que não joguei o primeiro jogo da série) conta uma história paralela a do primeiro jogo. Agora, você controlaria o sargento 'Psycho' Sykes, que deveria caçar o Coronel Ji-Sung Lee, um impiedoso oficial político do Exército Popular Coreano, e sua carga misteriosa.

Mas... será que ia ser mais leve mesmo?

Na exibição da E3 de 2008 (aliás, o jogo ganhou o prêmio IGN: Best Of E3 2008), foi um sucesso. Gráficos estavam lindos, assim como o primeiro jogo da série. O controle de veículos havia melhorado; a inteligência artificial dos inimigos também estava mais realista. Mas a coisa complicou quando perguntaram as configurações usadas pra rodar o jogo na exibição. Podem ver:

Processador: Intel Core 2 Quad Q9550 @2.8GHz
Memória RAM: 4GB (2x2GB) DDR3 1333Mhz
Placa de vídeo: NVIDIA GeForce GTX 260 896MB

Na época, a GTX260 era uma senhora placa de video. É até hoje, na verdade. E o Q9550 (segundo melhor Core 2 Quad do mundo) também tinha o preço nas alturas.
E então, houve o lançamento. Engraçado como são as propagandas: se observarmos o início de Resident Evil 5, veremos a mensagem "Runs great on Intel Core i7" (em tradução livre, "funciona/roda bem no Core i7"), mas na verdade, um bom Core 2 Duo não terá problemas com ele. Já no Crysis Warhead, que assim como o antecessor, consome muito dos processadores, temos isso: "Runs great on Core 2 Duo". Irônico, né?

Houve melhorias? Fato. Crysis Warhead é um jogo realmente superior em pequenos aspectos que fazem a diferença, principalmente quando falamos da história. Entretanto, otimizado pra rodar melhor porra nenhuma. O jogo conseguiu ser ainda mais pesado que o original em certos cenários.

Resultado? Três anos lançados do primeiro jogo e dois anos depois do lançamento do segundo, as pessoas ainda montam seus PCs baseados na questão: "Roda Crysis?"

Enredo:

Crysis Warhead, assim como Crysis, se passa num mundo futurístico onde uma raça alienígena invadiu uma ilha. O personagem principal é bem interessante: o Psycho é aquele tipo de cara que faz de tudo pra salvar o companheiro. Entretanto, não pense que ele é amigável: sua agressividade e sua vontade de enfrentar os inimigos frente-a-frente o caracterizam. Basicamente, o enredo do jogo consiste em seu comandante lhe ordenando a matar Ji-Sung Lee, que aparentar estar sobre a posse de uma carga extremamente perigosa.


Sei querer dar muitos spoilers, digo é que uma história interessante. Entretanto, ela é deixada de lado pela extrema ação do jogo. Ocorrem tantas coisas ao mesmo tempo, tantos tiros, que fica difícil se concentrar na história. Mas isso não é bem um fatos negativo.
Nota: 7,5

Trilha sonora:
Aqui, temos um lado ótimo e um ruim. Vamos falar das músicas: elas são bem discretas, mas são boas. O grande problema é que o jogo é tão cheio de ação e momentos intensos que fica difícil prestar atenção nela. Outro problema ocorre nos chefes: mas dessa vez, o problema é a repetição, que sem dúvida chega a ser irritante.
Agora, o lado bom: os efeitos sonoros. Todos de nível altíssimo, que ajudam a aumentar ainda mais a qualidade e o realismo do jogo. Os barulhos das árvores, os pequenos ruídos que você faz ao tocas nas plantas... tudo extremamente realista. Se esforçaram bem aqui. Mas mesmo assim, as músicas deixam a desejar.
Nota: 7,4

Gameplay:
Sem dúvida, a segunda melhor característica do próprio jogo, perdendo apenas para os gráficos. Nota-se a perfeição de tudo e o extremo realismo dos seus movimentos. Você precisará tomar cuidado pra não se distrair atirando em árvores e vê-las cair de maneira extremamente realista (e depois ficar sem munição por causa disso, como eu fiquei re).
A Inteligência Artificial (IA) dos inimigos foi consideravelmente aprimorada. Eles possuem estratégias verdadeiras, e mesmo no meio de toda essa ação que o jogo tem, existem momentos que tu tem que pensar: "como vou passar por essa horda?"
E isso é necessário, pois eles também vão fazer isso com você.
A única coisa que merece ser descontada aqui é a extrema linearidade do jogo, comparado ao primeiro da série. Isso é fato: o jogo é bem divertido, mas o início é chato..
Nota: 9,5

Diversão:
Isso é meio relativo. Quem gosta de FPS com uma verdadeira dose de ação, não tenha dúvidas: o cara vai adorar o jogo.
Entretanto, aqui temos que descontar pontos pelo início do jogo. Os seus primeiros tempos na ilha serão meio chatos, pois a missão é simplesmente matar todos os malucos coreanos que estiverem naquele local. Algo que se torna extremamente irritante quando falta munição.
Mas no geral, é um jogo divertido.
Nota: 8,5

Gráficos:
Ah, os gráficos! Sem dúvida, o melhor ponto de Crysis Warhead. Assim como o antecessor, possui gráficos que conseguiram ser levemente aprimorados. Entretanto, todo esse realismo tem um preço alto: se tu não tiver uma VGA high-end e um bom processador pra acompanhar, só conseguirá ver essa beleza em resoluções baixíssimas.
Mas honestamente, mesmo pra quem tem VGAs mais comuns, vale a pena testar com tudo no máximo e aprecisar o slide show de gráficos lindos.
E considerem: o jogo foi lançado há três anos (o Crysis original, há 4 anos) e os gráficos são de um nível bem alto até hoje. Um jogo de 3 anos atrás com essa beleza? Só uma nota pode ser dada.
Nota: 10

Nota final: 8,5
(Observação: a nota final NÃO é uma média das notas anteriores)

É isso. Se eu PC aguenta, aproveite que o jogo custa pouco atualmente e compre-o que dificilmente se arrependerá. Caso seu PC seja uma carroça não tenha altas especificações, aguarde a versão de Crysis 2 para PS3 e Xbox 360.

Requisitos mínimos:
CPU: Intel Pentium 4 2.8 GHz (3.2 GHz para o Vista), Intel Core 2.0 GHz (2.2 GHz no Vista), AMD Athlon 2800+ (3200+ no Vista) ou superiores;
RAM: 1GB (1.5GB no Windows Vista);
Placa de vídeo: NVIDIA GeForce 6800 GT, ATI Radeon 9800 Pro (Radeon X800 Pro para o Vista) ou superior;
Memória de vídeo: 256MB;
HD: 15GB de espaço disponível;
Placa de vídeo: Compatível com DirectX 9.0c;
Unidade óptica: DVD-ROM;
Sistema Operacional: Microsoft Windows XP com Service Pack 2 ou Windows Vista;
DirectX: 9.0c ou 10.
Aviso: não espere rodar no máximo com uma 6800GT ou a ATI Radeon 9800 Pro, mas talvez consiga uma boa experiência no Low.

Saiba mais sobre Morello

Olá, amigos! Meu nome é Caio Pinheiro, mas sou chamado na internet simplesmente de Morello, apelido adotado para jogar em redes como a Steam e a Battle.net. Moro em Salvador e faço curso de Computação Gráfica na SAGA.Fui introduzido no mundo dos games nos meus primeiros anos de vida, aproveitando o SNES de minha irmã. Passando por diversos consoles, já fiz cosplay do Miles Edgeworth e hoje possuo na minha coleção: PS3, 3DS, PC, Game Boy Advance SP, Game Boy Color, SNES e um antigo Master System. Sinta-se livre pra pedir-me ID da PSN, da Steam, da Battle.net ou meu Friend Code..

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